5 Modalidades de Pesca com Jumping Jig

por | maio 24, 2022 | PESCA ESPORTIVA | 0 Comentários

A pesca vertical com jigs surgiu no Japão e rapidamente popularizou-se ao redor do mundo. No Brasil, especificamente no litoral sul, a prática tornou-se mais comum no final dos anos 90 e trouxe grandes resultados para a captura de exemplares como anchovas e olhetes.

Ao longo dos anos essa técnica foi aprimorada e adaptada de acordo com as características dos locais de pesca, dimensionando peso e tamanho das iscas. Além disso, novos modelos de equipamentos, linhas e iscas surgiram como slow jig e micro jig, por exemplo.

Mas você sabe como eles funcionam? Nessa matéria vamos demonstrar como cada uma delas deve ser aplicada trazendo maior sucesso para suas pescarias.

O QUE É JIG?

Consiste em uma peça sólida em forma simétrica, fabricada em chumbo, simulando um peixe, podendo ter uma ou duas argolas para fixação da mesma na linha principal com auxílio de um snap.

As cores costumam ser vibrantes usadas juntamente com camadas de papel holográfico, que ao receber a luz solar emite reflexos para atrair o peixe.

Alguns modelos já possuem garateias, porém, o anzol suporte hook apresenta melhores resultados, além de evitar enroscos.

*Obs: o lado mais pesado sempre deve ficar para baixo, fazendo um pêndulo. Dessa forma a isca irá trabalhar com maior fluidez.

Listamos alguns modelos tradicionais que são utilizados nas modalidades apresentadas abaixo.

Modelos de micro jigs.

JUMPING JIGGING

Essa técnica é aplicada para pesca embarcada, onde a isca é trabalhada no sentido vertical. Consiste em deixar a mesma cair até o fundo, alcançando parcéis ou rochas, onde há uma grande concentração de peixes.

É importante levantar a isca para que ela possa ser trabalhada sobre o fundo sem enroscar, geralmente entre dois metros. Seguindo esses passos, a isca modelo é trabalhada sobre as estruturas aplicando o movimento de “jumping”, ou seja, fazer a isca dar pequenos pulos acima do fundo.

Para uma pescaria confortável e com equipamento equilibrado indicamos varas de até 6’6″ pés, seja para carretilha ou molinete. Exemplos de modelos ideias para essa modalidade são Evolution GT2 e Vortex Jigging.

SPEED JIGGING

Uma variação do modo tradicional, assim como o Slow Jigging que será apresentado nesta matéria. Ao contrário do jumping jigging a isca após alcançar o fundo, deve ser recolhida de maneira constante e rápida até chegar à superfície.

É importante fazer alterações no trabalho dando pequenas pausas ou diminuindo a velocidade.

A isca possui design “slim”, fino e alongado. Caso não encontre, o modelo tradicional também funciona perfeitamente.

Para speed jig de preferência varas menores entre 5’8″ pés com ação média/rápida ou rápida, assim você terá melhor resposta para trabalhar a isca e fisgar o peixe. O cabo é alongado para dar suporte a mão que fica encaixado de baixo do braço, assim a alavanca deve ser feita pelo antebraço sem forçar o pulso.

Preste atenção no recolhimento do molinete, a sua velocidade deve ficar de 4.0:1 até 5.2:1 para trabalhar de uma maneira harmoniza com a vara. Molinetes com velocidade muito rápida podem afetar o trabalho da vara e assim arrastando a isca, perdendo todo seu poder de atração.

SLOW JIGGING

Como o próprio nome diz, corresponde ao trabalho lento e contínuo vertical. O que diferencia essa pescaria é a isca que possui um design em forma de gota, uma das suas faces é lisa tendo o verso ondulado com maior peso. Essas características somadas criam um movimento errático com queda lenta.

O slow jigging necessita de uma vara com comprimento até 6’3″ pés de ação média/lenta ou lenta para que a isca trabalhe de uma forma suave na descida, dando chances para o ataque do peixe. Essa modalidade é caraterizada pelo uso de carretilhas que torna a pescaria mais confortável. As varas são extremamente leves e com cabo pequeno, que assim como no speed jigging deve ser apoiada abaixo do braço.

  • Vale ressaltar o uso de molinetes também é efetivo e mais simples para iniciantes.

LIGHT JIGGING

Segue o mesmo principio do slow jigging, porém com equipamentos mais leves para uma pescaria mais sensitiva e esportiva para captura de peixes de médio porte, porém, é forte o suficiente para tirar grandes troféus caso seja surpreendido. Seu grande diferencial são os jigs mais leves de até 100g com um trabalho de ponta suave.

SHORE JIGGING

Agora estamos com os pés na terra, ou melhor, nas pedras. Essa variação é praticada em costões rochosos e a isca é trabalhada na horizontal. Permite fazer muitas variações de trabalhos como speed e slow fazendo interferências com pausas. Em pesqueiros de mar aberto utilize iscas grandes para captura de predadores como xaréu, olhete, anchova.

A pescaria ultra light também é uma ótima opção para pesca de pequenos exemplares, basta dimensionar o equipamento para o uso com micro jig.

Em algumas situações de pesca ficamos longe de pequenos parcéis e rochas, por esse motivo as varas devem ser compridas entre 7’0” e 9’0” pés. O molinete deve ter uma grande capacidade de linha, como por exemplo o Ceymar a partir do tamanho 40.

Como a linha pode entrar em contato com as estruturas, o leader deve ser maior em torno um metro de comprimento.

  • Obs: não deixe a isca tocar no fundo, trabalhando na meia água o risco da isca enroscar é menor.

Em praia de tombo também é possível pescar com jigs, garantem grandes emoções para captura de peixes como pampo, ubarana, robalo, xererete, entre outros.

FUNCIONA PARA ÁGUA DOCE?

A resposta é: sim, funciona! Experiências feitas nos Estados Unidos mostram que a atividade de grandes trutas e salmões acontecem durante o verão, no Brasil não seria diferente.

Nossa equipe no início dos anos 2000 fez uma pescaria na Amazônia adotando jigs, com objetivo de capturar tucunarés, porém, apresentou ótimos resultados para espécies como corvina, cachorra e até peixes de couro como pintado.

A desvantagem é o enrosco em estruturas submersas, por esse motivo procuramos pescar em poços fundos, praias ou locais com fundo de areia.

Outra opção são os jigs bucktail, também conhecidos como xuxinha ou jig de pena. Possui a cabeça de chumbo com fibras naturais e holográficas bem coloridas, irresistível para tucunarés, dourados, cachorras, aruanã, entre outros.

DICAS

  • Praticamente não há maneira errada de trabalhar sua isca nesse tipo de pesca. Sinta-se à vontade para experimentar e combinar várias técnicas com recolhimento lento, rápido, pausas, solavancos, entre outros;
  • Nunca embarque o peixe utilizando a vara, mesmo sendo um equipamento resistente a mesma não suporta a carga de peso mais a movimentação do peixe em uma grande angulação. Com ajuda de um amigo, capture o peixe com auxílio de um passaguá ou bicheiro;
  •  Cerifique-se que o equipamento está encaixado da mentira correta no braço e antebraço, além da pescaria ficar mais confortável o risco de ter uma lesão por movimento repetitivo é menor;
  • Proteja-se com roupas com fator de proteção solar, luvas e óculos polarizados. Em dias de calor intenso além dos raios solares o reflexo da água pode causar desconforto para os olhos;
  • A linha deve ser de multifilamento de acordo com a indicação da vara, por exemplo PE 1.5, 2.0 etc. Pois esta não possui memória e é extremamente sensível. Caso tenha dúvidas sobre essa nomenclatura acesse a matéria como funciona classificação PE para linhas multifilamento?
  • O leader deve ser de fluorocarbono seguindo a espessura da linha, com comprimento entre 40cm e 1m utilizando o nó de união allbright. Veja abaixo como fazer esse nó.
    Acesse a material o que é fluorocarbono e como utilizar? e aumente o desempenho da sua pescaria.

A pescaria com jig garante ótimos resultados e muita diversão. Com essas dicas você terá o necessário para embarcar nessa aventura.

Qualquer dúvida sobre equipamentos, iscas e montagens é só deixar um comentário abaixo ou entrar em contato pelo e-mail vendas@papasiri.com.

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