Dando continuidade a nossa série de matérias sobre iscas para pesca de praia, hoje é a vez do corrupto. Motivo de piada por conta do seu nome polêmico, esse crustáceo é uma isca perfeita para captura de grandes predadores como robalos flecha, corvinas, burriquetes e sargos. Nessa matéria vamos abordar detalhes técnicos sobre essa espécie.
DISTRIBUIÇÃO
No mundo foram catalogadas quatro espécies distintas, sendo Callichirus major sensu stricto que habita a costa da Flórida até norte dos Estados Unidos. Outra está presente no Golfo do México estendendo ao sul, até o Caribe colombiano.
A terceira habita uma formação rochosa chamada de istmo, uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra. Distribui-se no Panamá até o Golfo da Califórnia.
A espécie Callichirus corruptus, está disponível em toda a costa brasileira presente na maioria das praias de areia planas.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Reino: Animalia
Filo:Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Axiidea
Família: Callianassidae
Gênero: Callichirus
CARACTERÍSTICAS
Podendo atingir até 20 centímetros de comprimento, possui abdômen com coloração laranja. Apresenta garras em forma de pinças, sendo uma delas maior que a outra.
Vivem em praias rasas de areia fina, próximas à linha d’água, em profundas tocas verticais escavadas na areia. Quanto maior o buraco, maior o animal que nele habita. Geralmente seus buracos ficam expostos apenas durante a maré baixa, quando os buracos estão cobertos pela água, o crustáceo está mais próximo à superfície.
Sua alimentação é baseada em matéria orgânica em decomposição e de pequenos animais.
EXTRAÇÃO
Hoje existem equipamentos específicos para a extração do corrupto, através de sucção. Ao identificar o buraco da entrada da toca, deve ser inserido o equipamento puxando para fora até a superfície. É necessário tomar cuidado com os espécimes de maior tamanho, já que sua garra pode causar pequenos ferimentos.
PREPARO
Para armazenar é muito simples, basta lavar com água corrente e armazenar em uma embalagem e congelar. Vale lembrar que depois de descongelado adquire uma coloração preta, impossibilitando usá-lo novamente.
Fontes: Biofaces, revista Galileu e Jornal da UNESP.
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