ORIGEM DAS TILÁPIAS NO BRASIL
Originária do Nilo, o histórico e lendário rio do Egito, a tilápia disseminou-se pelo mundo.
Entretanto, sua criação comercial alcançou o auge a partir dos anos 50. No Brasil surgiu em um projeto experimental para implementação da especie no ano de 1971, afim de estudar seus comportamentos e adaptação ao clima brasileiro. Sua exploração comercial se deu na década de 80 desde então o peixe se consolidou pelo fácil manejo, adapatação além de apresentar uma excelente proteina com sabor suave e muito delicioso.
Como as tilápias possuem fácil adaptabilidade a diversas condições ambientais, além de serem resistentes a doenças, geralmente, podem ser criadas tanto em lagos naturais e açudes como também em represas artificiais ou tanques-rede. Além disso, as tilápias não requerem água com grande quantidade de oxigênio, resistindo muito bem a alterações bruscas de temperatura. Da mesma forma, são consideravelmente fáceis de alimentar e se reproduzem com bastante facilidade.
HABITOS ALIMENTARES
As tilápias são classificadas como peixes omnívoros, herbívoros zooplanctófagos ou fitoplanctófagos, alimentando-se de inúmeros organismos vegetais (algas, plantas aquáticas, frutos, sementes, raízes, entre outros) e pequenos animais (microcrustáceos, larvas e ninfas de insetos, vermes, moluscos, anfíbios, peixinhos, entre outros).
PESCA ESPORTIVA
A pesca esportiva da tilápia é categorizada como ultra light e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, pelo fato de ser facilmente encontrado em pesqueiros de todo país além das belas brigas que a espécie. Sua pesca pode ser feita no modo convencional utilizando massas e rações ou com iscar artificias. Mas qual é o equipamento ideal?
EQUIPAMENTOS
Pelo fato de ser um peixe extremamente arisco e curioso é necessário utilizar equipamentos equilibrado para potencializar o resultado. Para isso é necessário:
- Vara de carbono 6 a 14 libras com comprimento a partir de 1.52m (5’6″ pés);
- Linha multifilamento de no máximo 0.20mm ou monofilamento até 0.30mm;
- Líder de fluororocarbono de 0.33mm (aproximadamente 20cm);
- Snap tamanho pequeno número 00 ou 0;
- Molinete tamanho 500 até 1500 ou carretilha da preferência do pescador.
Para uma briga mais emocionante é necessário regular o conjunto, evite deixar a fricção travada ou totalmente livre, pois dessa forma a probabilidade de perde o peixe ou a fisgada é grande, em casos mais graves até mesmo quebrar o equipamento. O ideal é que vara ao alcançar envergadura limite a fricção do molinete ou carretilha libere a linha para que o peixe possa continuar nadando, evitando sobrecarregar a vara.
Hoje no mercado encontramos inúmeros modelos e marcas de iscas disponíveis, porém vamos apresentar alguns modelos coringa que apresentam excelente resultado.
SUPERFÍCIE
Em dias de calor intenso as tilápias costumam ficar na flor da água na oportunidade de capturar pequenas presas ou frutos, iscas de pequeno porte como popper, varejeira, hélice ou até mesmo uma ração artificial são irresistíveis. O seu trabalho deve ser feito com recolhimento intercalando leves toques de ponta de vara e pausas, imitando um pequeno inseto na superfície. Preste bastante atenção, pois assim que peixe identificar a isca é perceptível sua presença logo abaixo esperando a pausa para efetuar o ataque.
Em alguns dias em que atividade na superfície é baixa as iscas de meia água são uma boa pedida, além de serem uma das preferidas dos pescadores. Vamos separar três dois grupos
- FLOATING:são iscas que após a pausa do recolhimento flutuam até a superfície, permitindo um trabalho com recolhimento continuo lento ou com pequenas pausas e toques de ponta de vara, assim isca imita um pequeno peixe ferido e vulnerável.
- SUSPENDING: possui flutuabilidade neutra, ou seja, após a pausa do recolhimento permanece na profundidade desejada tendo uma leve flutuabilidade. Essa modalidade é excelente para trabalho com ponta de vara lento fazendo com que a isca nade em zig zag, mas lembre-se, de maneira sutil para não tirar a isca da boca do peixe.
- SINKING:são iscas que tem ausência de flutuabilidade, para manter a profundidade desejada deve ser ajustada ao recolhimento, quanto mais lento for o recolhimento mais a isca irá afundar. Fique atento, pois em lugares com muitas estruturas subaquáticas a isca pode ficar presa e com chances de perder seu equipamento.
As iscas de fundo são indicadas para situações de pesca com baixa atividade onde o peixe está manhoso, nesse caso as iscas soft são as melhores opções. A montagem pode ser feita da maneira convencional com jig head de até 7 gramas ou com sistema texas rig, carolina rig e alabama rig. O trabalho é similar a pesca de robalos que consiste em deixar a isca alcançar o fundo e posteriormente dar um leve toque de ponta de vara, fazendo a isca subir e retornar ao fundo. É importante que seja lento o trabalho dando oportunidade do peixe atacar no momento vulnerável em que a isca está descendo em encontro ao fundo.
ARREMESSO
Para ganhar maior distância nos arremessos deixe a isca em uma altura de aproximadamente 40cm em relação a ponta da vara, assim o blank ira fazer uma movimentação similar a uma alavanca lançando a isca com maior facilidade.
Com todas essas dicas o próximo passo é ir para pescaria colocar em prática, sua pescaria será um sucesso e muito prazerosa com esse peixe que é tão adorado por nós pescadores.
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